Quando temos um sistema de crenças e de valores, nós
definimo-nos., circunscrevemo-nos a um molde que quando entra em contacto com
outras pessoas, algomera-se a elas, ou, corre o risco de sofrer conflitos e mudanças
repentinas quando o molde da outra pessoa é diferente. Nessa altura é que
existe uma tensão de enegia e nós mantemos as nossas convicções por “sabermos”
estarem certas, ou o nosso molde começa a enfraquecer e a mudar (saudavelmente,
se formos honestos) se acharmos que é a outra pessoa que tem razão.
O que algumas pessoas também fazem é saber que os outros têm
razão mas negar na mesma os seus moldes. Isso é mentirmo-nos a nós mesmos, aí
está a ignorância e o mal, na mentira, e a pessoa torna-se numa tirana de si
mesma e dos outros, acreditando só naquilo que lhe convém de forma a obter uma “segurança
ilusória”.
O contrário disso é o síndrome do molde mutável. A pessoa
com este síndrome, quando entra em contacto com outras, não faz nenhum tipo de reconhecimento/teste
de moldes ou de valores com o outro, o que ela faz é mudar o seu próprio molde
com o fim de não criar situações de conflito imprevisíveis e descontroladas. É
uma pessoa que só quer coisas das outras pessoas e faz de tudo para as
conseguir. É alguém que está a espera que lhe dêem de tudo, seja fama, amor,
amizade, dinheiro, poder etc.
São pessoas que mais se assemelham a sanguessugas,
autênticos camaleões que mudam de acordo com o que querem da outra pessoa. Fingem
ser altruístas e compreensivas em relação aos valores dos outros mas na verdade
são completamente dissimulados e em grande parte das situações, egoístas.
Querem tudo o que se lhes possam dar e para isso sacrificam toda a sua
personalidade e carácter. “Se eu for desta forma, eles vão gostar de mim” diz a
pessoa. Só não sabe que quanto mais o fizer mais ela diluir-se-á nos outros até
que chegará uma altura em que tornar-se-á numa folha em branco, com pouco ou nada
de genuíno escrito na sua vida.
O verdadeiro desafio está em vivermos de acordo com a
grandiosidade da nossa alma composta por luz e sombra, e respeitarmos tanto um
lado como o outro. Respeitar o que faz de nós humanos. O que é sombra, não é
verdadeiramente mau. Quando negamos o que em nós não aceitamos devido a um
ideal do qual nos orgulhamos, é aí é que nasce a semente da calamidade.
8/4/2012
às 11:39
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